O VELHO CASTELO -- OS ADEUSES DO POETA (Giorgio De Chirico)

Quando este silêncio

se instala e o caminho

parece tomado de

 

uma névoa intensa,

tão intensa que nos cega...

quando candeia alguma

 

se insinua... regresso

ao teu rosto, aos olhos

teus que tudo iluminam,

 

ao teu corpo, ao menino.

ao luar, aos anjos, às

palavras, inevitáveis

 

lugares deste encontro,

deste dédalo solar

que o jacto de sangue é.

 

Mário Avelar, Pelas Mãos de Mussorgsky numa Galeria com Anjos (2000)

publicado por RAA às 22:37 | comentar | favorito