PRAIA DO ABANO (OU OUTRA PRAIA)
cruzares ruas montras onde passo agora
e sofro sem remédio não haver saída
em minha vida que não seja a tua face
isenta dos meus olhos vista só por ti
A bola é louca, boca anónima infantil
Ó árvore plantada indiferente de cidade
à mesa onde amarro a minha vida
e corro sem correr para nenhum lugar
distante de onde estou como se já lá estivesse
A cara e o cansaço e os cilindros: prece
Tu és agora uma criança inacessível para mim
e em nenhum país alguma vez te vi
Estou de novo comigo e sofro levantado não haver ninguém
até que enfim deitado eu cumpra a minha condição
e não houve pessoa a que eu não fizesse mal