24
Dez 10

Um Ramo de Rosas

título: Um Ramo de Rosas
subtítulo: Colhidas por José da Cruz Santos na Poesia Portuguesa e Estrangeira
antologiador: José da Cruz Santos (1936)
autores: Alfredo Margarido, A. C. Swinburne, Afonso Duarte, Afonso Lopes Vieira, Alberto Osório de Castro, Alexandre Herculano, Almeida Garrett, Angelus Silesius, António Fogaça, Antonio Machado, António de Sousa, Camilo Pessanha, Christina Rossetti, Eugénio de Andrade, Eugénio de Castro, Fausto Guedes Teixeira, Federico García Lorca, Florbela Espanca, Friedrich Gottlieb Klopstock, Gustavo Adolfo Becquer, Hölderlin, J. W. Goethe, José Bento, José Saramago, Juan Ramón Jiménez, Nuno Júdice, Omar Khayam, Paul Celan, Pedro Juan Vignale, Ricardo Reis (Fernando Pessoa), Rainer Maria Rilke, Robert Burns, Robert Louis Stevenson, Ronsard, Ruy Cinatti, Safo, Sebastião da Gama, Shakespeare, Sophia de Mello Breyner Andresen, Vasco Graça Moura, W. B. Yeats
colecção: «Bilbioteca de Poesia JCS»
edição: Modo de Ler
local: Porto
ano: 2010
págs.: 56
dimensões: 23x13,9x0,5 cm. (brochado)
impressão: Rainho & Neves, Santa Maria da Feira
direcção gráfica: Armando Alves
obs.: pintura de Evelyn de Morgan em extratexto
publicado por RAA às 22:01 | comentar | favorito

DESAMPARO

Não posso olhar de frente as torres deste castelo
habitado pelas trevas.
Quando os lobos uivam e aberta já está a lua,
as flores amargas dos teus olhos
desfazem-se aos meus pés.
E o pó, as cinzas, os restos de tudo o que
respirava,
amontoam-se à beira deste mar.

José Agostinho Baptista
publicado por RAA às 18:47 | comentar | ver comentários (2) | favorito
24
Dez 10

PROMENADE -- LUGAR CHEIO DE INSCRIÇÕES (PAUL KLEE)

Às vezes sento-me na
sala a ouvir Coltrane,
pursuance... as melodias

agitam o teu olhar,
afagam bem lá no fundo
as águas azuis tépidas

da lagoa. Nesse instante,
a natureza parece
ocultar uma ausência

de piedade, parece
dizer: é tão simples, tão
natural. Deixa fluir,

como o sangue, ou como
um corpo sensual, vivo,
quente... que, indiferente,

segue por entre a tribo
e, ainda quente, nela
se dissolve. Haja Deus!

Mário Avelar
publicado por RAA às 17:00 | comentar | ver comentários (2) | favorito