A vista é um ar, um intento,
a repassar a amplidão,
uma única extensão
sem dimensão nem assento.
É como rastro de estrela
que no ar se risca à flux
que por ser tira de luz
pesa menos que não sê-la.
Ou como coisa mais bela
que o seu peso vai perdendo
à medida que correndo
mais coisa ganha em perdê-la.
Ou puramente Existência,
que nada pode existir
ao de lá do meu sentir
que é toda a própria Existência.
Tudo o que existe coexiste,
porque o que existe em redor
é porque existe em redor
de qualquer coisa que existe.
Portanto nada existiu
nem nunca pôde existir
sem um centro coexistir
em volta do qual se viu.
As coisas não são por elas
são por ser excentricidade;
são, portanto, na verdade,
não elas, mas centro delas!