LINHA DA MÃO
junto à pequena mancha azul
de tinta da última carta.
Paisagem de poros, sulcos
e sombras, mergulhada na água
espessa de um postal sem data
das baías nocturnas
exaustas do vento do mar.
Corte oblíquo na palma húmida
que esmaga a asa
do insecto sobre o vidro
onde a imagem se bifurca
e a boca torna baços, difusos
os rostos que se perdem na distância
de um aceno à despedida.