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Lá vem nhô Cacai da ourela do mar
Acenando a sua desilusão
De todos os continentes!
Ele traz o peito afogado em maresias
E os olhos cansados da distância das horas...
Lá vem nhô Cacai
Com a boca amarga de sal
A boiar o seu corpo morto
Na calmaria da tarde!
Nhô Cacai vem alimentar os seus filhos
Com histórias de sereias...
Com histórias das farturas das Américas...
Os seus filhos acreditam nas Américas
E sabem dormir com fome...
Onésimo Silveira