...
São sombras que passam despidas
caminham sozinhas o laivo das fontes
não falam, não bebem, não abrem o céu
passam descalças o estreito caminho
muradas, sem nome desossam aos dias
amanham descalças as ervas dos rios
sufocam azuis, estaladas de ferida
são fodidas à noite como fábricas.
Alexandre Nave