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[...] O poeta aparece -- quando aparece -- aos olhos da comunidade enquanto o sem abrigo da escrita. E, pior ainda, o sem abrigo da própria vida e do próprio senso, pois que os dias não se compadecem dessa miséria adocicada que são os poemas. Entre proscrita pela cidade e insubordinada por natureza, o lugar da poesia é nenhum lugar. [...]
Paulo José Miranda