"Vinhas só"
Vinhas só,
o olhar poeirento
e um oásis de esperança
nas mãos desertas.
Vinhas só,
as carnes acesas em sangue,
os cabelos de sombra estendidos
pela terra imensa mordida de dor;
e na areia solta dos teus pés
eu vi as raízes de África.
Chegaste
com passos velhos de ecos
que soaram
batuque e conquista
nas noites tumultuosa da Impis.
Chegaste
e cresceste em mim
no gritos dos tempos.
Descansa à sombra da minha Vontade,
mãe,
eu continuarei a Jornada.
Manuel Lima