"Vinhas só"

Vinhas só,

o olhar poeirento

e um oásis de esperança

nas mãos desertas.

 

Vinhas só,

as carnes acesas em sangue,

os cabelos de sombra estendidos

pela terra imensa mordida de dor;

e na areia solta dos teus pés

eu vi as raízes de África.

 

Chegaste

com passos velhos de ecos

que soaram

batuque e conquista

nas noites tumultuosa da Impis.

 

Chegaste

e cresceste em mim

no gritos dos tempos.

Descansa à sombra da minha Vontade,

mãe,

eu continuarei a Jornada.

 

Manuel Lima

publicado por RAA às 19:53 | comentar | favorito (1)