05
Jun 13

MEU PAI

Os meus primeiros passos animaste,

Os meus primeiros erros corrigiste;

E o amor do trabalho que me incutiste

Com a própria lição que me legaste.

 

A ser honesto e digno me ensinaste,

E por igual também me transmitiste

O gosto pelo estudo, e o prazer triste

Do cultivo das musas, que ensaiaste...

 

Meu adorado Pai, quando me atrevo

A pensar no que sou, e no que devo

Ao teu conselho, auxílio e educação,

 

Que santo orgulho eu sinto em continuar-te!

Pois todo o meu engenho e a minha arte

Obras tuas, meu Pai, apenas são!

 

Delfim Guimarães,

Alma Portuguesa

publicado por RAA às 18:43 | comentar | favorito
05
Jun 13

"Quando ele quis ver-lhe os seios"

Quando ele quis ver-lhe os seios,

          num forte abraço o cingia.

Quando quis beijar-lhe os lábios,

          a pintura destingia.

E os dedos dele prendeu

          nas pernas que forte unia.

E ao desejo não cedia,

          que era ela quem acendia.

 

Poema sânscrito anónimo,

Índia, época clássica

in Jorge de Sena, Poesia de 26 Séculos

publicado por RAA às 13:12 | comentar | ver comentários (2) | favorito