BALADA DO REPARADOR DE INJUSTIÇAS

A sua cimitarra brilha como a neve,

       no cavalo branco, sua cela, recamada a prata,

faísca fugaz como estrela cadente.

       Ele chega como o vento,

parte como uma vaga,

       mata aqui um homem, mais além um outro.

Percorre, num ápice, dez mil li,

       sacode depois o casacão e desaparece,

ninguém sabe para onde,

       ninguém conhece o seu nome.

 

Poemas de Li Bai

(versão de António Graça de Abreu)

publicado por RAA às 22:57 | comentar | favorito