IN MEMORIAM
Como quem sereno encosta
A porta de sua casa
E para outra se muda,
Assim vão os meus amigos
Pouco a pouco morrendo.
Em silêncio desandam
Para mundos desejados
Ou então a descobrir.
Sem palavras, sem um gesto,
Partem feitos clandestinos
Sem poderem despedir-se.
Seguem decerto saudosos,
Mas confortados. Os seus
Hão-de sempre recordá-los.
Liberto Cruz
(JL de ontem, no «Destaque»
dedicado a Maria Barroso)