SILÊNCIO DE VIDRO
Há quem creia em Deus e o veja em toda a parte.
Eu acredito em ti
E vejo-te em tudo o que na vida me dá profundo gosto de viver,
Tudo o que me sorri
E também em tudo o que me faz sofrer.
Vejo-te na recordação da minha infância
- Menino que sonhava estrelas iguais às minhas –
E no despontar das manhãs claras,
Quando o mundo era cheio de mistérios
E cada coisa uma interrogação.
Crescemos juntos sem nos conhecermos,
Mas quando nos cruzámos por acaso
Eu soube que eras tu.
Maria Eugénia Cunhal
http://daliedaqui.blogspot.pt/2015/12/eugenia-cunhal-poesia.html