"Eis que o rodar do tempo me fez velha"

Eis que o rodar do tempo me fez velha

E setenta e nove anos vão passados.

Frágil teia de aranha que hoje sou

Que mais dons esperarei que me sejam dados?

E aqui vou indo pela vida fora

Me arrastando feita uma criança,

Aprendendo a andar com o bordão,

Cativo agrilhoado, já sem esperança.

 

Maryam al-Ansari, (sécs. X-XI)

in Adalberto Alves,, O Meu Coração É Árabe -- A Poesia Luso-Árabe

publicado por RAA às 13:51 | comentar | favorito (1)