"Eis que o rodar do tempo me fez velha"
Eis que o rodar do tempo me fez velha
E setenta e nove anos vão passados.
Frágil teia de aranha que hoje sou
Que mais dons esperarei que me sejam dados?
E aqui vou indo pela vida fora
Me arrastando feita uma criança,
Aprendendo a andar com o bordão,
Cativo agrilhoado, já sem esperança.
Maryam al-Ansari, (sécs. X-XI)
in Adalberto Alves,, O Meu Coração É Árabe -- A Poesia Luso-Árabe