...

(A uma árvore seca num velho pátio da
Rua da Palma.)

Todos os dias passo à tua beira
árvore que tens nos troncos e na rama
um destino igual ao meu.
E o mesmo rumo
sem chama
nem fumo.

Aranha de solidão
a tecer como eu
cinzas de não haver fogueira.

Todos os dias passo à tua beira...

(Mas ai de quem só tem chão!
-- sem labaredas
nem asas de um momento
para ir procurar veredas
no país do vento!)

José Gomes Ferreira
s#7
publicado por RAA às 22:41 | comentar | favorito