Lembrei-me do meu primeiro soneto, espia:
Mar à benção
Etérea, brinda-me no horizonte
Amplitude de águas insuflantes
Mistério, elevação explendorosa
Ao rebordo áurea franja vaporosa
Celestes, sobre paisagem destilada
Estrelas flutuam-no abençoadas
Posto ao céu delinear profundeza
Segredos comungam em natureza
Universo vislumbra conspirando
Infinitos sais gotejam segredados
Entorpece-me à visão, marejando
Gotas abrigadas pairam imaculadas
Sublime, hipnotiza-me o semblante
Sua benção, meu mar, que deságua!
(Cris de Souza)