...

Lá vem nhô Cacai da ourela do mar

Acenando a sua desilusão

De todos os continentes!

Ele traz o peito afogado em maresias

E os olhos cansados da distância das horas...

 

Lá vem nhô Cacai

Com a boca amarga de sal

A boiar o seu corpo morto

Na calmaria da tarde!

 

Nhô Cacai vem alimentar os seus filhos

Com histórias de sereias...

Com histórias das farturas das Américas...

 

Os seus filhos acreditam nas Américas

E sabem dormir com fome...

 

Onésimo Silveira

publicado por RAA às 14:39 | comentar | favorito