ARMA SECRETA

Tenho uma arma secreta

ao serviço das nações.

Não tem carga nem espoleta

mas dispara em linha recta

mais longe que os foguetões.

 

Não é Júpiter, nem Thor,

nem Snark ou outros que tais.

É coisa muito melhor

que todo o vasto teor

dos Cabos Canaverais.

 

A potência destinada

às rotações da turbine

não vem da nafta queimada,

nem é de água oxigenada

nem de ergóis da furalina.

 

Erecta, na torre erguida,

em alerta permanente,

espera o sinal da partida.

Podia chamar-se VIDA.

Chama-se AMOR, simplesmente.

 

António Gedeão

publicado por RAA às 15:48 | comentar | favorito