6. Porque faço dele o meu eleito, o capitalista incarna a virtude, a beleza, o génio. Os homens consideram espirituosa a sua estupidez, afirmam que o seu génio está acima da ciência dos pedantes. Os poetas pedem-lhe a inspiração e os artistas recebem de joelhos as suas críticas. As mulheres juram que ele é o Don Juan ideal. Os filósofos erigem os seus vícios em virtudes. Os economistas descobrem que a sua ociosidade é a força motriz do mundo social.
Paul Lafargue
(J. Mega)