"Funaná entorna, esfrega"

Funaná entorna, esfrega

dá ao chão o som inaudível

da arte. É cheiro de suor na escultura

mordida de mulher na altura da cintura

E busca a mão pastar

os degraus vermelhos das nádegas

Funaná entorta, esfrega a delícia

de espremer no corpo

o outro lado quente da balança.

 

Rony Moreira, Esticar o Infinito até à Borda do Prato (2017)

publicado por RAA às 18:36 | comentar | favorito