IN MEMORIAM

Como quem sereno encosta

A porta de sua casa

E para outra se muda,

Assim vão os meus amigos

Pouco a pouco morrendo.

Em silêncio desandam

Para mundos desejados

Ou então a descobrir.

 

Sem palavras, sem um gesto,

Partem feitos clandestinos

Sem poderem despedir-se.

 

Seguem decerto saudosos,

Mas confortados. Os seus

Hão-de sempre recordá-los.

 

Liberto Cruz

(JL de ontem, no «Destaque»

dedicado a Maria Barroso)

publicado por RAA às 13:58 | comentar | favorito