VARIEDADES
Começa o bailado...
...O cenário é oiro.
Parece um tesoiro
Já desencantado.
O som é parado.
Como o dum besoiro,
Ou cantar de moiro,
Dolente -- arrastado.
...E a tal bailarina,
No ritmo quente
Do seu corpo nu,
É já serpentina
Mais enlanguescente
No bailado hindu.
Artur Hespanha
presença #16, Coimbra, 1928