AMAZÓNIA
I
Selva.
O negro, o índio
e o que mais me souber.
O fogo doutro céu,
o nome doutro dia.
Tudo o que estiver
nos nervos
que me deu.
Carlos de Oliveira, Turismo / Trabalho Poético
I
Selva.
O negro, o índio
e o que mais me souber.
O fogo doutro céu,
o nome doutro dia.
Tudo o que estiver
nos nervos
que me deu.
Carlos de Oliveira, Turismo / Trabalho Poético
Selva! O que o teu saibo diz
e o resto -- o que há em mim a mais,
um sol de boca rubra, na raiz
de vinte outonos magros e iguais.
Litoral e mar. Minha cadeia
-- o continente alheio dos escombros!
Ficam minhas pegadas sobre a areia
e o sol da selva escorre-me dos ombros.
Carlos de Oliveira
Chamo
a cada ramo
de árvore
uma asa.
E as árvores voam.
Mas tornam-se mais fundas
as raízes da casa,
mais densa
a terra sobre a infância.
É o outo lado
da magia.
Carlos de Oliveira