BALADA DO REPARADOR DE INJUSTIÇAS
A sua cimitarra brilha como a neve,
no cavalo branco, sua cela, recamada a prata,
faísca fugaz como estrela cadente.
Ele chega como o vento,
parte como uma vaga,
mata aqui um homem, mais além um outro.
Percorre, num ápice, dez mil li,
sacode depois o casacão e desaparece,
ninguém sabe para onde,
ninguém conhece o seu nome.
Poemas de Li Bai
(versão de António Graça de Abreu)