"A alma é como a lavra."
A alma é como a lavra.
Quando as nossas mãos voltam a desfiar
o milho amarelo de ouro?
Que outras mãos que as nossas semeiam
o medo e o silêncio da morte?
Porquê este frio? Porquê tão longa a noite?
Como se faz o mundo? Quando começa o mundo?
Maria Alexandre Dáskalos, Jardim das Delícias (2003)